A Bíblia nos é bem clara quanto o amor de Deus para com todas as pessoas e para todas as crianças. Jesus disse: "Assim, também não é da vontade de vosso Pai que está nos céus que um destes pequeninos se perca" (Mateus 18.14).
As crianças estão incluídas nesta vontade do Pai. Reconhecemos a inclusão de todas elas no amor de Deus. Mas, como estamos revelando às crianças, com necessidades educacionais especiais, este amor?
O Ministério da Educação, através dos Parâmetros Curriculares Nacionais, identifica as necessidades educacionais em diversas situações, decorrentes de condições individuais, econômicas e socioculturais, como: crianças com condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais e sensoriais diferenciadas; com deficiências e bem dotadas; trabalhadoras ou que vivem nas ruas; de populações distantes ou nômades; de minorias linguísticas, étnicas ou culturais; de grupos desfavorecidos ou marginalizados.
Algumas dessas crianças estão perto de nós? Frequentam a nossa igreja? Tem a oportunidade de aprender os ensinamentos de Deus, seus princípios e valores?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que 100% da população de um país, em tempo de paz, são constituídos por pessoas com algum tipo de necessidade especial. Aqui no Brasil, se somos quase 190 milhões de habitantes (destes 29,60% são crianças de 0-14 anos), isto pode significar que temos entre nós cerca de 14 milhões de pessoas com algum tipo de necessidade especial inata ou adquirida, sendo que mais de 5 milhões são crianças de 0-14 anos.
Para nosso conhecimento e reflexão vamos verificar as definições das características das necessidades educacionais especiais, dadas pela Secretaria de Educação Especial do Ministério de Educação.
1. Superdotação - Criança con notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos isolados ou combinados: capacidade de liderança; talento especial para artes; capacidade psicomotora.
2. Condutas Típicas - Crianças com manifestações de comportamento típicas de portadores de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social.
3. Deficiência Física - Variedade de condições não sensoriais que afetam o indivíduo em termos de mobilidade, de coordenação motora geral ou da fala como decorrência de lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas, ou, ainda, de malformações congênitas ou adquiridas.
4. Deficiência Auditiva - Criança com perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala por intermédio do ouvido; se manifesta como: surdez leve, moderada ou severa.
5. Deficiência Mental - Caracteriza por registrar um funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento, concomitante com limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa ou da capacidade do indivíduo em responder adequadamente `as demandas da sociedae, nos seguintes aspectos: comunicação; cuidados pessoais; habilidades sociais; desempenho na família e comunidade; independência na locomoção; saúde e segurança; desempenho escolar; lazer e trabalho.
6. Deficiência Visual - É a redução ou perda total da capacidade de ver com o melhor olho e após a melhor correção ótica. Se manifesta como cegueira; visão reduzida.
7. Deficiência Múltipla - É a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias (mental/visual/auditiva/física), com compromentimentos que acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa.
É verdade que não precisamos ser especialistas para amar e ajudar a criança que tem uma necessidade educacional especial a se sentir aceita no meio da igreja e a aprender, dentro dos seus limites, sobre o amor de Deus. É um grande desafio, mas não estamos sozinhos: "ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mateus 28.20).
Peçamos ao nosso Deus, com o nosso coração sincero, a Sua capacitação para sermos transmissores e facilitadores do Seu amor e que nenhuma criança, com necessidades educacionais especiais ou não, seja excluída.
É muito bom trabalhar com crianças pois sabemos que são elas o país do amanha.
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